Cientistas podem ter encontrado a solução para a calvície

Por , em 29.01.2015

Uma boa notícia para os carecas: pesquisadores estão usando células-tronco pluripotentes humanas para gerar novos cabelos. O estudo, realizado no Instituto de Pesquisa Médica Sanford-Burnham, nos EUA, representa o primeiro passo para o desenvolvimento de um tratamento à base de células para as pessoas com a perda de cabelo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, metade da população masculina do planeta tem algum grau de calvície até os 50 anos, e esse percentual tende a subir com o avanço da idade.

“Nós desenvolvemos um método que utiliza células-tronco pluripotentes humanas para criar novas células capazes de iniciar o crescimento do cabelo humano. O método é uma melhoria significativa em relação aos métodos atuais que dependem do transplante de folículos pilosos existentes de uma parte da cabeça para outra”, explica Alexey Terskikh, professora do Programa de Desenvolvimento, Envelhecimento e Regeneração em Sanford-Burnham. “O método de células estaminais fornece uma fonte ilimitada de células a partir do paciente para o transplante”.

A equipe de pesquisa desenvolveu um protocolo que induziu células-tronco pluripotentes humanas a se tornarem células da papila dérmica, uma população única de células que regulam a formação de folículos de cabelo e seu ciclo de crescimento. As células da papila dérmica humana por si só não são adequadas para o transplante de cabelo, porque não podem ser obtidas em quantidades necessárias, e rapidamente perdem a sua capacidade de induzir a formação de cabelo.

“Em adultos, as células da papila dérmica não são facilmente ampliadas fora do corpo e rapidamente perdem suas propriedades”, diz Terskikh. “Nós desenvolvemos um protocolo para fazer com que células-tronco pluripotentes humanas se tornassem células da papila dérmica e confirmamos sua capacidade de induzir o crescimento do cabelo, quando transplantadas em ratos”.

O próximo passo é transplantar essas células derivadas de células-tronco pluripotentes humanas em seres humanos. “No momento, estamos buscando parcerias para implementar esta etapa final”, projeta a pesquisadora. [Medical Xpress]

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